ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P153

Poster (Painel)


P153

Equilíbrio e processamento auditivo em idosos

Autores:
PAZ-OLIVEIRA, A.1, CARMO, M.P.1, BURITI, A.K.L.1, COSTA, N.T.O.1, MAGRINI, A.M.1, FONSECA, A.B.M.1, MOMENSOHN-SANTOS, T.M.1
1 PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: Com o envelhecimento, há deterioração funcional dos sistemas auditivo e vestibular. Essa degeneração é responsável pela presbivertigem e presbiacusia. A principal queixa do idoso com perda auditiva é “escuto, mas não entendo”, pois a alteração periférica da audição interfere no processamento dos sons, dificultando a interpretação do mesmo. Outra queixa importante neste grupo está relacionada à insegurança de marcha, a insegurança de andar sozinho e muitas vezes a tontura. Objetivo: Investigar a relação entre tontura e processamento auditivo em idosos com perda auditiva. Método: a amostra foi composta por 18 pacientes, (14 mulheres - 77,7%, e 4 homens -22,3%), com idades entre 66 e 91 anos, portadores de perda auditiva neurossensorial de grau leve a severo. Todos responderam ao inventário de handicap para tontura (versão brasileira do Dizziness Handicap Inventory -DHI), Escala de Depressão Geriátrica (GDS), Escala de Confiança do Equilíbrio (ABC) e Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e realizaram os testes de equilíbrio estático e dinâmico, a saber: Romberg, Romberg Barré, Utenberg, Fournier e teste de marcha linear com olhos abertos e olhos fechados, audiometria tonal e vocal e os seguintes testes que avaliam o processamento auditivo (Central): Randon Gap Detection Test (RGDT), Teste dicótico de dígitos (TDD) e Fala no Ruído (FR). Resultados: Os resultados mostraram que 55,6% dos sujeitos se queixam de tontura. No inventário de handicap para tontura, os sujeitos apresentaram pontuação muito abaixo (15,9 pontos) da pontuação total (100 pontos), o que indica baixo handicap para tontura. As respostas para a Escala de Confiança do Equilíbrio mostraram alto índice de idosos com queixa de equilíbrio. Na Escala de Depressão Geriátrica, 38% dos sujeitos com queixas de tontura apresentaram também pontuação indicativa de suspeita de depressão. No Mini Exame do Estado Mental (MEEM), apenas um sujeito apresentou resultados abaixo do esperado para sua escolaridade. Nos testes de equilíbrio estático e dinâmico, 100% dos sujeitos apresentaram melhor desempenho na condição Olhos Abertos e 44% dos sujeitos com dificuldade nos testes de marcha e equilíbrio com olhos fechados apresentavam perda auditiva com configuração descendente. Já nos testes que avaliam o processamento auditivo, 100% dos participantes apresentaram resultados abaixo da normalidade. Conclusão: A pesquisa demonstrou relação entre perda auditiva, dificuldades de equilíbrio, comunicação, do processamento auditivo e fatores psicológicos. Tais dificuldades devem ser levadas em consideração ao se estabelecer um programa de adaptação de aparelho em idosos. Em muitos casos poderá ser necessário realizar um programa que combine a reabilitação auditiva e vestibular.

Palavras-chave:
 Idoso, Perda auditiva, Processamento Auditivo, Equilíbrio